Agradeço a vossa visita, por fazer parte da minha história ... por bailar comigo!




quinta-feira, 22 de dezembro de 2005


Contemplo o mar que me toca o corpo a acariciar,
vejo o seu sorriso em cada onda que brinca sem me olhar.
Procuro entender o motivo da felicidade que ele está a albergar,
quando olha para o horizonte e vejo a lua a me acenar.
Sorrio também e compreendo o motivo que os faz festejar,
fugiram ao destino e em silêncios mudos estão a namorar.
Assim somos também os humanos quando a vida nos impede de seguir,
a vida à dois que nos completa e que nos permite sorrir.
E brincam, a lua e sol de mãos dadas como se me quisessem mostrar,
que a vida é uma luta por estes momentos únicos
e que não podemos desperdiçar!
E por isso sorrio com eles e começo a pedir,
aos deuses, aos céus, a quem tiver que ser
que os deixem esta felicidade sempre sentir!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005


Coloquei o meu coração em tuas mãos
e olhei-te no fundo dos teus olhos.
Sem piedade e qualquer cuidado
você deixou cair no chão.
Fingiu que tinha sido apenas um descuido
mas em seguida, deixou cair de novo,
pisou em cima sem dó nem piedade.
Coloquei o meu coração em tuas mãos
e apenas mal fizes-te.
Cheio de feridas abertas,
com lágrimas de sangue
que derramei sobre ele
te entreguei o meu coração novamente.
Mas nada fez se não maltratá-lo.
Muitas vezes peguei-o e entreguei-o para que cuidasses dele,
mas nem fizes-te caso e deixou sozinho em uma mesa qualquer.
Coloquei o meu coração em tuas mãos e tu o que fez?

quarta-feira, 30 de novembro de 2005


O amor é assim,
uma coisa louca sem fim;
um entardecer cheio de madrugada
para se perpetuar em beijos
que buscam duas bocas ansiosas.

Tudo para não deixar
morrer o encanto que nasceu
do primeiro sacudir de coração;
tudo para não deixar morrer
a única esperança de perfeição
traçada na memória
de uma lembrança concebida
por consentimento mútuo.

O dia nasce e termina
na espera de palavras
que confirmem o que já se sabe: há amor.
E haverá amor depois
que a última porta se fechar
e os olhos derramarem
uma lágrima solitária de saudade.

Continuará havendo amor
depois que a última
centelha de tempo se extinguir,
porque se existe algo atemporal...

O seu nome é amor.

sábado, 26 de novembro de 2005



Minha alma transcende o tempo.
Quero o amor que traz consigo a honra.
Quero as lágrimas que não se derramam.
Quero a dor que tudo suporta.
Não quero a dor continuada.
Não quero as lágrimas que secam.
Não quero o vazio de alma.
Porque minha alma transcende o tempo...
E quer mais do que a mortalidade pode dar.
Porque a impossibilidade do arco-íris é inquietante.
Porque preciso correr, quando apenas queria caminhar...

domingo, 20 de novembro de 2005


Algo que existe,
mas não se sente,
será verdadeiro?
ou apenas indiferente?
Presença falhada,
será verdade?
a mensagem de saudade,
ou o papel de amada...
Será o nosso fado,
tão tênuo e tão difícil,
tão certo e tão inseguro?
ou apenas o desejo de ser amado?
Querer ser um,
um par!
Mas sinto que sou impar...
e apenas quero
o eterno amar!

sexta-feira, 18 de novembro de 2005



Amei com exagero e intensidade.
Amei com força, ternura, paixão, loucura.
Sofri o desespero de quem ama sem saber o porque de tal ironia.
Amei muitas vezes o seu silêncio, a tua ausência, os teus gritos, a tua indiferença.
Amei-te de corpo e alma.
Amei, até esgotar o louco desejo de te amar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005



Se todas as lágrimas do mundo fossem suficientes para derramar a dor da minha incapacidade, eu as derramaria. Mas elas não podem mudar o que não encontra em mim forças para fazer. E eu não vou chorar, apenas vou sentar e contemplar a imagem da felicidade, que se desenha em minha mente com a teimosia de quem tem na vida a porta da alegria. Só preciso descobrir onde deixei a chave...

sábado, 12 de novembro de 2005



O que move a vida...
Acho que ela se move sozinha e isso é que é genial...
De repente, vc pode ir parar do outro lado do mundo, ou mesmo aqui, mas vendo tudo de uma outra maneira...
Sem querer, você descobre algo que parecia estar longe, mas estava ali o tempo todo...
Ou você vai me dizer que é a mesma pessoa de dez dias atrás?
Agora, mover-se junto com a vida - contra ou a favor do vento - traz a chance das rugas nunca chegarem, pelo menos não aquelas rugas internas, na alma e na cabeça, aquelas do tipo que a malhação não resolve...
Minha idéia sobre mover a vida é a de simplesmente derrubar alguma coisa, pelo menos uma vez por semana...
O que vc já quebrou hoje? Nada? Então quebre alguma coisa amanhã!

quinta-feira, 10 de novembro de 2005


De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,

de quem?
Aquelas mãos só carícias,

Aqueles olhos de apelo,
Aqueles lábios-desejo...

E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...

De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?

terça-feira, 8 de novembro de 2005


O que desejo, o que quero realmente.
Não quero nada e tudo desejo.
Desejo a PAZ...não quero berros.
Desejo o meu AMOR...não quero as discussões.
Quero tanto e nada desejo.
Quero um sonho na realidade.
Quero sorrir, um abraço apertado, uma mão que me agarre....
Nem sei que palavras são estas que escrevo.
Preciso pensar no meu futuro,porque no passado não adianta.
Destrui o caminho que tinha sem perceber e agora estou aqui sentada sem sentimentos....
Olho em volta ouço palavras e não consigo sentir.
Quero a vida mas também já quis a morte, confesso.
Quero mais do que tenho, quero o que já tive e o que nunca tive e sempre sonhei.
Quero alguem do meu lado que não seja apenas Amigo, que seja um futuro...
Quero não pensar...
Desejo não sentir esta dor que está instalada no meu peito...
Quero tanto e nada quero...
Desejo Tudo e nada desejo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005


Em todas as janelas
me debruço,
em todos os abismos
estendo um corda
e caminho sobre o nada.

Também ando sobre as águas,
subo em nuvens,
galgo intermináveis escadas.

Abro todas as portas
e cavernas com um sopro
ou três palavras mágicas.

Mergulho em remoinhos,
danço no meio do vento,
pulo dentro da tempestade.

Em cada bifurcação me sento
e tento arrumar o destino,
estranho castelo de areia ....

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

O que são palavras?
adjetivos, substantivos ...
conjunto de letras,
Palavras soltas no ar
podem confortar ou
podem magoar
palavras tem o poder
de devolver a alegria a alma
ou ser mais dolorosa que uma chicotada
prefiro que me batam
a escutar palavras podres, pois...
o primeiro a ferida fecha,
o segundo a ferida amarga ...


quarta-feira, 2 de novembro de 2005




Deixe-me ...

Deixe-me lhe fazer feliz,
fazer o que nunca fiz,
oferecer-lhe o que você nunca teve,
realizar nosso sonho esperança.

Deixe-me tocar sua pele,
e com sussurros de amor
efervercer sua alma,
pulsar seus pensamentos
acendendo novos desejos.

Deixe-me acordar você com beijos
em leves toques,
acariciar seus lábios com os meus
e despertar em você
sentimentos adormecidos e esquecidos.

Deixe-me olhar seus olhos,
navegar seu mundo,
conhecer seu universo.

Deixe-me deixar
você ser o que quero que seja para mim,
a cada palavra, a cada toque...

Deixe-me ser vital para você,
como você é para mim no respirar,
no pulsar do coração,
na melodia da vida,
na luz que nos ilumina.

Deixe-me ser sua menina,
com seu carinho me faça crescer,
com seu corpo me faça abrasar

e com seu amor
faça sempre te amar.

(março / 2005)

terça-feira, 1 de novembro de 2005


Fui sempre assim, desde menina...
Pensava demais....Fazia de menos!
Sonhava sempre...
Passava horas olhando o nada, o pensamento a mil por hora
Imaginando... Planejando...
Os pensamentos queimando... Procurando uma saída...
A solução para a questão.

Passava horas olhando mapas,
Buscando significados nos dicionário...
Conhecendo histórias e personagens nos livros!

Assim trilhava meu caminho,
Meu mundinho secreto... perfeito... só meu!
Quantas viagens fiz... A mundos imaginários
Quantos personagens criei... E que me encantaram
Fui sempre assim, desde menina...

Adorava o mar... Passava horas olhando pra lá...
Traçava rotas...Muitos eram tortas... Outras mortas
As idéias vinham em turbilhões... aos milhões

Ficava horas imaginando: “O que vou ser na vida?”
Imaginava que seria professora, Ou iria ser médica,
Ou ainda caminhoneira,
E assim ficava a imaginar... Meu amor um dia chegar...

Muitos poemas já fazia, imaginando quando estivesse apaixonada
Extensas cartas escrevia, algumas sem destinatário. Sem remetente...
Escrevia e guardava no tempo
A maioria achava esquisita, avoada... atrapalhada até...
Nunca entendiam que eu pensava... e como pensava!

Tampouco imaginavam que eu era feliz assim... desse jeito
No meu mundo particular!
Mal sabiam eles que era minha maneira de estar livre, serena...

Jamais entenderam que esse era o meu jeito...
Diferente das outras, A criatividade queimava na alma
Porque eu pensava... Porque só assim eu era livre!