Agradeço a vossa visita, por fazer parte da minha história ... por bailar comigo!




sábado, 23 de dezembro de 2006


Há lugares com outros mares, de outras cores, feitos de densos verdes
Há águas que serpenteiam os ares, criando extensos leitos movidos pelas correntezas de ventos
Palavras são como sonhos, são desenhos com diferentes sentidos,
E sonho é como o vento, podemos senti-lo, mas não podemos vê-lo,
E vento, tal qual o sonho, acaricia, embala, envolve, revolve
Palavras, são como vento e como ele, tem movimento!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006


Arrependimento... Uma foto...
Algumas palavras deixadas num mero comentário...
De repente, um pensamento te traz pra mim,
Tento inutilmente conter minhas lágrimas.
Sinto tua falta!
Ouço tua voz gostosa no meu ouvido,
Nas lentas horas da madrugada!
Segredos sussurrados...
Só nossos... Só teus... E meus.
Sinto tua falta!
Doce é a lembrança do carinho trocado...
Compartilhado.
Quentes são as palavras trocadas!
Mistério revelado na madrugada...
Hoje já não estás mais aqui,
E meu coração apertado lamenta o vacilo da razão!
Tive medo de entregar meu coração,
Fui covarde...
Não deixei explodir aquela paixão ...
Queria tanto tentar de novo...
Desejo que não depende mais de mim.
Ainda quero ser tua cúmplice de segredos,
Segurar na tua mão e deixar-me levar.
Talvez seja tarde... Talvez não!
Queria saber...
Porque sinto tua falta!!!

sexta-feira, 10 de novembro de 2006


O mar é o teu corpo, onde o meu se perde...
Quando me tocas, nem eu sei quem sou.
Quando te ouço, estremeço e não sei falar.
És um mar imenso!
Mar inquieto, enigmático, azul e altivo.
Mar belo, cintilando nos rochedos.
És o mar que me acaricia.
És todos os meus dias, minhas horas, meus minutos ...
Onde o meu coração disperta ... dispara
Como num beijo profundo e delicado.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006


O silêncio me espreita.
O vazio de todas as coisas me olha...
Um total e absoluto vazio.
Esse esperar que não descansa.
Mas, esperar o quê?
E para quê?
Hoje, mais do que sempre, uma total ausência de azuis ou o brilho das estrelas.
Só esse imenso e total vazio.
A Lua me espreita pela fresta da janela.
Mas, eu não queria esse silêncio.
Eu não queria estar só.
E não queria estar aqui.

domingo, 22 de outubro de 2006


O beijo que toca a alma pela doçura e ingenuidade que o vem caracterizar, solta-se dos lábios para outros virem acariciar!
Toque de leve, ou então mais profundo, que nos faz estremecer, direito a uma alma em que o gelo estava a crescer!
O corpo responde, mesmo que a cabeça o esteja a evitar, porque há coisas mais fortes que não podemos renunciar, e deixamo-nos embalar, como num barco a uma tempestada enfrentar, onde harpas tocam, e as sereias cantam para nos desgraçar!
O beijo é isso, um ouvir apenas o cantico, e o atirar ao mar, mesmo com a consciencia que estamos a errar, já que apenas a melodia nos interessa, e só ela queremos escutar!
A razão se esquece, o raciocinio some, e nós estamos apenas, naquele momento belo, a disfrutar ....

quinta-feira, 5 de outubro de 2006





Vou vagueando na noite
em busca de algo que perdi
com o passar do tempo
com o passar dos anos
e os pés vão se arrastando
por caminhos sinuosos
sem saber para onde vou
ou quando chegarei ao fina dessa estrada
talvez eu lá encontre
aquilo que tenho procurado a minha vida
ou , quem sabe
nunca poderei sentir que esse sonho se realizou
hoje foi mais um dia em que dei mais um passo
de olhos postos no horizonte
em busca de algo

quinta-feira, 28 de setembro de 2006



A chuva desperta em mim toda a fúria de liberdade, vem matar-me a sede de me sentir viva... Láva-me a alma, rejuvenesce-me, expõe-me, tira-me a máscara...
Despe-me do corpo, deixa as gotas de água espicaçar-me o espirito, leva-lo ao auge...
Sinto-me livre, limpa, nova!
Sou eu em estado bruto, no meio de uma sociedade que insiste em esculpir-me, e a chuva arrasta os vestígios desses atentados à minha beleza selvagem...

sábado, 23 de setembro de 2006


Reconhecerias um anjo, se visses um?
Lembraria do amor, se pudesse sentí-lo?
Saberias quem eu sou, se tivesses um espelho?
Terias as respostas, se entendesses as perguntas?
...... .....
Talvez encontre a resposta ...
Talvez a resposta te encotre ...

segunda-feira, 18 de setembro de 2006


Quando eu choro
Choro pelo desgosto que tenho
Choro por todas as vezes que já chorei
E choro por todas aquelas em que nem sequer pude chorar

Quando eu choro
Choro por todos aqueles que já perdi
Todas as feridas reabrem
Sangram ...
E o choro silencioso escorre em cascata
Lágrima a lágrima
Lembrando tudo o que eu perdi
Tudo o que eu não tenho
E tudo o que eu não sou

Quando eu choro
Há um gemido silencioso
Estrangulado à nascença
O corpo mantêm-se imóvel, rígido, inerte, morto
Face estática de olhar parado e fixo

Quando eu choro
Há estilhaços por toda a parte
Laminas que me esfarrapam por dentro
Cortes que me matam devagar
Dor, prolongada agonia

Ah quando eu choro
Sangram-me as veias
Enrigessem-me os ossos
Contraio os espasmos, a dor
E tudo por dentro se contorce
Se desfaz ...

A cabeça roda numa dor latente, aguda e voraz
À velocidade da luz passam imagens
De tudo... mas mesmo de tudo!
Tudo aquilo que um dia me magoou
Ferindo-me novamente
Com uma intensidade imensa
Igual ou mesmo superior
Acutilante...

Quando eu choro acumulo as águas de todos os rios
Que transbordam levando tudo o que sou
Para parte nenhuma
Sem destino algum

Deixo-me arrastar pela tormenta
Num vórtice de escombros
Pedaços de vida
Amor, ódio, fúria, desalento
Sentimentos contraditórios

Quando eu choro
Choro também por tudo aquilo que ainda vou chorar
Por tudo aquilo que sei que vou perder
E choro até o choro dos outros

Quando eu choro...
Chove sempre torrencialmente em algum lugar
E quando a chuva bate na minha janela
Sei que posso parar de chorar
Pois ela chora no meu lugar

Colo a face ao vidro e junto minhas lágrimas às dela
Cadenciada, tilinta devagar
Exausta cedo-lhe o meu lugar
E vejo as minhas lágrimas no seu olhar

Fica um vazio imenso
Um silêncio

Quando eu choro
Choro todas as lágrimas que nunca chorei
Sinto a dor como nunca a senti
E morro, devagar ausente
Numa expressão
Num olhar

Quando eu choro
Choro porque já não há lugar para mais lágrimas cá dentro
E a água sai devagar
Como se extravasasse somente



As dores vão-se acumulando com os anos...
As lágrimas também!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006


Percorremos um pequeno caminho até onde estamos aqui e agora.
Caminho que tinha vista para paissagens cinzentas e sombrias que nos fez tremer e questionar dizersas vezes se estariamos corretos.
Percorremos...corremos..paramos e gritamos despejando a alma da mágoa existente, criada e provocada por cada um, por quem nos rodeia.
Vezes sem conta gritamos desejos fingidos de separação.
Derramamos lágrimas...explodimos raiva desmedida de sentimentos não sentidos.
Fugimos para longe um do outro mas sempre acabamos em distâncias esquecidas.
Fechamo-nos em nós vivendo o que sentimos com verdade real, sem pressa estamos juntos choramos...rimos...partilhamos....
Fechamo-nos em nós para não sofrermos...
Dois corações que andam de mãos dadas... Talvez um dia poderão ser apenas UM.
Utopia?

segunda-feira, 11 de setembro de 2006


Caminhei à beira-mar…o céu refletido no rebentar das ondas pareceu-me perfeito!
O céu azul me fez recordar sentimentos vividos!
O cheiro da maresia transportou-me para um mundo bem distante…
E tu estavas lá!
Sentei-me na areia, sentia-a a escorrer por entre os dedos, fina e leve…
por momentos pareceu-me que aquele momento ia durar para sempre!
Os meus olhos não cessavam de percorrer o areal à tua procura,
queria que estivesses ali a meu lado,
com os teus braços à minha volta,
a dizer-me palavras doces,
tão doces que só tu as sabes dizer!
Procuro-te e encontro-te…sabes onde?
No local mais óbvio…no meu coração!
Estás sempre aí, a acompanhar-me para onde quer que vá!

sexta-feira, 8 de setembro de 2006


Sonhos....
Meus sonhos,
Até onde é utopia?

A alma suspira docemente...
Num eterno silêncio...

Crer...
Num querer impossível
Retalhos de tudo o que não é

Realidade...
falta-me às mãos
Não tenho outra em mim
Apenas meus sonhos ...

Desejos inconfessáveis ...

O amor...
Mal-me-quer?
Bem-me-quer?

Lua ...
que me fazes companhia...
que sussuras paralavras doces ...
última a me abandonar
Diz-me:
Tu amas assim como eu ????

quarta-feira, 6 de setembro de 2006


É um fado viver assim,
nesta angustia,
que me atormenta,
destroi lentamente,
onde ardo aos poucos,
me consome,
sem nexo,
sem sentido,
perdida,
no destino que escolhi,
sorteio,
da roda da vida,
ao acaso,
deixei-me levar,
pela maré,
que corroi,
tudo leva,
arrasta,
para as profundezas,
onde a luz não brilha,
onde me deixo ficar,
até ao fim dos tempos.

domingo, 3 de setembro de 2006




Da água...........Na água

viva e pura.........viva e pura
Renasci em ti......... Revivi em ti
Extendeu-me os braços.......... Entendi o teu abraço
Ofereceu-me as asas......... Obriguei-me a sonhar
De vida plena que perdura......... Na transparente esperança
para além desta luta......... para além deste muro
Sob o teu olhar vou!....... Sob o teu olhar irei!
Sob a tua luz sou!......... Sob a tua luz serei!
Renasço, por ti......... Renascerei por ti
Fico em ti........ Ficarei em ti
Voo!........ Voarei!


Acreditas? Podemos mesmo voar!
Não vês as minhas asas?

sexta-feira, 1 de setembro de 2006


Se eu tivesse asas te levaria
para um lugar onde pudesse ficar a sós...
Iria sentir teu corpo suave
Iria me encantar com seu toque leve
Me enroscar no teu peito quente
Te beijar...te beijar... te beijar...
Iria te sentir novamente
Saciar meu desejo de te ter
Pousar os meus lábios nos teus
E te abraçar....te abraçar...abraçar...
Iria te mostrar meu amor
Te embalaria e te faria esquecer do tempo
Ficaria de mãos entrelaçadas a olhar o infinito...
Quem me dera ter asas e ir te buscar
Para bem perto de mim
E nunca mais te ver partir...
Por que eu só quero
Te amar...te amar.... te amar

quinta-feira, 31 de agosto de 2006



Sinto a tua respiração
ofegante ao me beijar,
o riso dos teus olhos perdidos
no meu corpo à beira mar!

Lembro-me da pena que flutuava
em meu corpo sem me tocar,
ou do mar que movias apenas com um olhar!

Corpos separados, mas unidos sem falar,
amou-me ali mesmo,
com ternura,
mas sem perto chegar!

O corpo despiste com a respiração,
os lábios beijaste com o coração,
fizeste sentir perdida nesta doce emoção.

E as pessoas riam a nossa volta sem saber,
tinham-se aos seus olhos amado,
tinham feitos juras,
tinham-se entregado.

E fomos obrigados a nos separar ao entardecer,
com lágrimas que mais ninguém parecia ver,
e dissemos adeus com o nosso olhar, a se beijar,
o ultimo que teríamos direito a trocar...

terça-feira, 24 de janeiro de 2006


Entraste em meus sonhos
de fininho para me abraçar,
aqueceste meu corpo,
apoderaste da minha alma
fizeste-me flutuar!
Sonho com o beijo que não deste,
com o passeio que não existiu,
com o sorriso que ficou por esboçar!
Sonho com aquilo que queria ter
e o destino não me pode ofertar!
Mas mesmo assim sorrio
com a felicidade de poder sonhar,
afinal os sonhos mostram-me
a capacidade que eu tenho de amar!

sábado, 7 de janeiro de 2006



Não tenho inspiração
O meu coração
Não tem uma paixão
Não tem porque sorrir
Não tem mais nada a sentir
Não sei o que escrever
Porque só sei sofrer
Esqueci o que é amar
Hoje só sei me tormentar
Queria fazer uma poesia
Mais nem começar eu sabia
Tudo de mim o mundo tirou
Hoje nada sou
Descobri que não sou poeta
Que não sou ninguém
Que nada mais me convém

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006


Não há grandes dores, nem grandes arrependimentos, nem grandes recordações. Tudo se esquece, até mesmo os grandes amores. É o que há de triste e ao mesmo tempo de exaltante na vida. Há apenas uma certa maneira de ver as coisas, e ela surge de vez em quando. É por isso que, apesar de tudo, é bom ter tido um grande amor, uma paixão infeliz na vida. Isso constitui pelo menos um álibi para os desesperos sem razão que se apoderam de nós".